Agenda do
Carbono

A transição energética para uma economia de baixo carbono é necessária para atender as metas firmadas no Acordo de Paris, mitigar os impactos no clima e manter o aumento de temperatura da Terra abaixo de 2ºC, mas traz diferentes desafios para cada setor.

Nesse contexto, para contribuir com a transição energética, o uso de biocombustíveis com uma pegada baixa de carbono tem um papel importante no setor de transportes e, potencialmente, em outros setores, como industrial.

A pegada de carbono de um produto, também conhecido como carbon footprint ou intensidade de carbono (CI), é a contabilização/balanço de gases de efeito estufa emitidos e capturados durante a produção de um produto até seu uso/consumo e, para alguns processos, é contabilizado até seu reuso e/ou reciclagem.

Para a FS, o compromisso na produção de um biocombustível de baixa intensidade de carbono já é uma realidade. Utilizamos o milho de segunda safra, cultivado sem concorrência com outros tipos de cultura e sem uso marginal de terra. As condições climáticas e de solo em Mato Grosso permitem que os produtores intercalem os cultivos de milho e de soja no mesmo ano-safra e na mesma área plantada, sem a necessidade de abertura de novas áreas de plantio.

Utilizamos biomassa como 100% de fonte energética para nossas indústrias provindas principalmente de florestas plantadas de eucalipto, mas também outros tipos de material – como bambu, soqueira de algodão, caroço de açaí, resíduos de serraria, pó de serra, bagaço de cana e casca de arroz.

A redução de pegada de carbono dos produtos da FS é um compromisso da empresa e tem sido consolidada em diversas iniciativas como no Renovabio, discussões com CARB e implementação do BECCS (Bioenergy Carbon Capture and Storage).

A FS, em 2022, por meio do Renovabio, já vendeu 441 mil créditos CBios consolidando que carbono significa uma área importante para a companhia.

Renovabio

Nosso negócio promove a integração entre a lavoura e a indústria e fortalece um sistema produtivo mais sustentável sob a perspectiva ambiental e socioeconômica, produzindo um combustível com uma das menores pegadas de carbono, conforme certificação Renovabio.

Entendemos que o carbono tem valor substancial para empresa e atualmente monetizamos sua contribuição por meio da emissão de CBios pelo programa Renovabio. Temos uma contribuição na redução de emissões atrelados à mitigação de emissão CO2 de veículos à combustão com a substituição de combustíveis fósseis.  

Atualmente, nossa planta de Lucas do Rio Verde possui o maior NEAA do programa Renovabio, o que nos coloca na primeira posição em um programa com mais de 200 usinas. Como consequência, nossa produção de etanol contribuiu com a mitigação de 491.000 tCO2 desde 2019 o que corresponde a retirada de 486 mil carros na cidade de São Paulo ou a conservação de mais de 1.000 hectares de floresta nativa.

BECCS

Captura e Armazenamento de Carbono (Carbon Capture and Storage) é uma maneira de remover da atmosfera CO2 e armazenar em reservas geológicas. Ele contribui para a redução de carbono na atmosfera. 

A FS vem desenvolvendo estudos de viabilidade e engenharia básica para comprovar a aderência de viabilidade de um projeto desta natureza e sua implementação. Quando se acopla um CCS a uma planta de bioenergia, obtém-se BECCS (Captura e Armazenamento de Carbono de Bioenergia – Bioenergy Carbon Capture and Storage). No caso de um BECCS, o carbono que é emitido é proveniente da fermentação de matéria-prima renovável, ou seja, de um ciclo biogênico, logo não adiciona emissões de carbono adicionais provenientes de estoques fósseis. Desta forma, um CCS acoplado a uma planta de bioenergia pode alcançar intensidades de carbono negativa.  

O CO2 capturado pelo BECCS pode ter créditos de carbono associados utilizados para compensação de emissões que outras empresas precisem reduzir.